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quinta-feira, 1 de maio de 2014

APENAS UM SONHO




Entre os apelos da carne e o prazer dos fluídos, foi no meu corpo  despido  que o seu encontrou o abrigo.  Entre os afagos contidos por desejos imagináveis, foi nos meus braços  que você  se aqueceu e gostou do que fez e deixou fazer.

Pelas lembranças que traz, por trás dos apelos sonoros rompendo o silêncio da noite, em meio aos lençóis perfumados  macios, foi comigo que esteve, sorriu  e gemeu.  E nem sei se vale dizer da surpresa, da intensidade dos gestos. Nem sei se eu soube dosar a carícia além daquilo que quis ou se quis mais ainda por te ver tão feliz. 

Mais que carinho, os sussurros,  aromas... Muito mais do que a intensidade do ato, foi a contundência do sentir que causou em você tanto espanto. O sentimento, o gostar, o querer...

E eu daqui de olhos fechados, precisando sonhar também só para saber o porquê de te fazer  tão feliz. Querer olhar para você assim como se olham os amantes após o gozo e absorver a energia do carinho, sentir o que só você desfrutou.


Estar presente no sonho de alguém. Satisfazer o instinto e a emoção. Causar um tesão difícil de admitir.  Esquecer-se das condutas morais, das regras sociais e simplesmente  sentir a poesia, a essência dos corpos e dos desejos a flor da pele.  O  que nos causamos  de bom e ousamos dizer. Todo isso traz a leveza da poesia que em mim brota sempre que enfrento  e empresto o sentir alheio. 

Nem sei se é errado nem quero saber.  Agora sou poeta  e peço que chegue perto de mim como no sonho. Perto o suficiente  para um leve toque no rosto, um afago nos lábios , a carícia do olhar, um sussurro  despido de qualquer pudor a dizer para você: QUE PENA QUE FOI SÓ UM SONHO..

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