“Pois no sexo não há um ponto de equilíbrio absoluto. Não existe igualdade sexual, não pode haver igualdade sexual, uma igualdade em que as duas partes sejam iguais, em que o quociente masculino e o quociente feminino estejam perfeitamente equilibrados. Não há como negociar de modo medido essa loucura. Não se trata de um acordo de cinqüenta por cento para um, cinqüenta por cento para outro, como numa transação comercial. O que está em jogo aqui é o caos de Eros, a desestabilização radical que é a excitação erótica. Na hora do sexo, todos nós voltamos para a selva. Voltamos para o pântano. O que há é um domínio, um desequilíbrio perpétuo. Você vai excluir o domínio? Você vai excluir a entrega? O domínio é a pederneira, é ele que produz a faísca, que dá início a tudo.”
Ontem, após ler o trecho acima, parte do livro “Animal Agonizante” do gênio Philip Roth: bati sonoras palmas, respirei bem fundo, senti-me compreendido e pensei: “É isso, porra!”.
Philip Roth
fonte : http://www.entendaoshomens.com.br/sexo-e-desigualdade-entre-parceiros/
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